quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Jesus Cristo, a luz do mundo - João 8.12-20

De novo Jesus começou a falar com eles (líderes judeus, fariseus) e disse:



-Eu sou a luz do mundo, quem me segue nunca andará na escuridão, mas terá a luz da vida.
Os fariseus disseram a Jesus:
- Agora você está falando a favor de você mesmo. Por isso o que você diz não tem valor.
Jesus respondeu:
- Embora eu esteja falando a favor de mim mesmo, o que digo tem valor porque é a verdade. Pois eu sei de onde vim e para onde vou, mas vocês não sabem de onde vim, nem para onde vou. Vocês julgam de modo puramente humano, mas eu não julgo ninguém. E, se eu julgar, o meu julgamento é verdadeiro por que nao julgo sozinho, pois o Pai, que me enviou, está comigo. Na lei de voces está escrito que, quando duas testemunhas concordam o que dizem é verdade. Eu dou testemunho a respeito de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, também dá testemunho a meu respeito.
- Onde está o seu pai? - perguntaram.
Jesus respondeu:
- Voces nao me conhecem e também não conhece o meu Pai. Se, de fato, me conhecessem, conheceriam também o meu Pai.
Jesus disse essas coisas quanto estava ensinando no pátio do Templo, perto da caixa de ofertas. Ninguém o prendeu porque ainda não tinha chegado a sua hora.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Livro de Ezequiel

O vale dos ossos secos (Ezequiel 37)

  1. “Veio sobre mim a mão do Senhor; e ele me levou no Espírito do Senhor, e me pôs no meio do vale que estava cheio de ossos;  
  2. e me fez andar ao redor deles. E eis que eram muito numerosos sobre a face do vale; e eis que estavam sequíssimos.  
  3. Ele me perguntou: Filho do homem, poderão viver estes ossos? Respondi: Senhor Deus, tu o sabes.  
  4. Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor.  
  5. Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: Eis que vou fazer entrar em vós o fôlego da vida, e vivereis.  
  6. E porei nervos sobre vós, e farei crescer carne sobre vós, e sobre vos estenderei pele, e porei em vós o fôlego da vida, e vivereis. Então sabereis que eu sou o Senhor.
  7. Profetizei, pois, como se me deu ordem. Ora enquanto eu profetizava, houve um ruído; e eis que se fez um rebuliço, e os ossos se achegaram, osso ao seu osso.
  8. E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles, e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles por cima; mas não havia neles fôlego.
  9. Então ele me disse: Profetiza ao fôlego da vida, profetiza, ó filho do homem, e dize ao fôlego da vida: Assim diz o Senhor Deus: Vem dos quatro ventos, ó fôlego da vida, e assopra sobre estes mortos, para que vivam.
  10. Profetizei, pois, como ele me ordenara; então o fôlego da vida entrou neles e viveram, e se puseram em pé, um exército grande em extremo.
  11. Então me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que eles dizem: Os nossos ossos secaram-se, e pereceu a nossa esperança; estamos de todo cortados.
  12. Portanto profetiza, e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu vos abrirei as vossas sepulturas, sim, das vossas sepulturas vos farei sair, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel.
  13. E quando eu vos abrir as sepulturas, e delas vos fizer sair, ó povo meu, sabereis que eu sou o Senhor. 
  14. E porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos porei na vossa terra; e sabereis que eu, o Senhor, o falei e o cumpri, diz o Senhor.”  

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Jesus Cristo

O governador da Judéia, Públius Lentulus, ao César Romano.
Soube ó César, que desejavas informações acerca desse homem virtuoso que se chama Jesus, que o povo considera um profeta, e seus discípulos, o filho de Deus, criador do céu e da terra.
Com efeito, César, todos os dias se ouvem contar dele coisas maravilhosas. Numa palavra, ele ressuscita os mortos e cura os enfermos. É um homem de estatura regular, em cuja fisionomia se reflete tal doçura e tal dignidade que a gente sente obrigado a amá-lo e temê-lo ao mesmo tempo.
A sua cabeleira tem até as orelhas, a cor das nozes maduras e, daí aos ombros tinge-se de um louro claro e brilhante; divide-se uma risca ao meio, á moda nazarena. A sua barba, da mesma cor da cabeleira, e encaracolada, não longa e também repartida ao meio. Os seus olhos severos têm o brilho de um raio de sol; ninguém o pode olhar em face.
Quando ele acusa ou verbera, inspira o temor, mas logo se põe a chorar. Até nos rigores é afável e benévolo. Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas muitas vezes foi visto chorando. As suas mãos são belas como seus braços, toda gente acha sua conversação agradável e sedutora.
Não é visto amiúde em público e, quando aparece, apresenta-se modestissimamente vestido. Seu porte é muito distinto. É belo. Sua mãe, aliás, é a mais bela das mulheres que já se viu neste país.
Se o queres conhecer, ó César, como uma vez me escreveste, repete a tua ordem e eu te o mandarei. Se bem que nunca houvesse estudado, esse homem conhece todas as ciências.
Anda descalço e de cabeça descoberta. Muitos riem, quando ao longe o enxergam; desde que, porém, se encontram face a face com ele, tremem e admiram-no.
Dizem os hebreus que nunca viram um homem semelhante, nem doutrinas iguais às suas. Muitos crêem que ele seja Deus, outros afirmam que é teu inimigo, ó César.
Diz-se ainda que ele nunca desgostou ninguém, antes se esforça para fazer toda gente venturosa.
A descrição acima foi traduzida de uma carta de Públius Lentulus a César Augusto, Imperador de Roma. Públius Lentulus foi predecessor de Pôncio Pilatos como governador da Judéia, na época em que Jesus Cristo iniciou seu ministério.
O texto original encontra-se na biblioteca do Vaticano. Comprovada sua autenticidade, tornou-se, fora da Bíblia, o documento mais importante sobre a pessoa do Senhor Jesus Cristo
Sabemos também que após a crucificação de Cristo, Públius Lentulus tornou-se seu seguidor e, juntamente com sua filha Lívia, levava a palavra de Deus aos povos da época.

Mais Fé menos ciência

Hoje fui visitar um cliente (sou Bacharel em Ciencias COntábeis atuo como COntador e Consultor) e ele veio me dizer uma funcionária que vivia afastada da empresa por motivos de doença havia se recuperado.
Ele simplesmente resumiu a história dizendo "ela pediu a DEUS uma coluna nova" pois sofria de hérnia de disco e vivia prostrada de cama não podendo trabalhar. Ela fez uma campanha na igreja que congrega e conseguiu chegar do outro lado, pois o senhor Jesus acalmou a tempestade.
Então, DEUS nunca disse que a caminhada seria fácil ou que tudo viria de mãos beijadas, mas ele garantiu que se você chegar na "CHegada" para encontrá-lo aí sim voce terá a vida eterna e viverá de glórias, pois a graça é derramada e do céus choveria bençãos cabendo cada um louvar, se humilhar, teme-lo, e aceitar que ele é o seu Pai criador, celestial, Todo-poderoso.
Outra vez, vi um vídeo onde um rapaz teria comentado "Menos fé e mais Ciência", bom, será???
Em Isaías 11, nas Escrituras Sagradas, onde diz:
“Alegrai-vos, pois o Senhor está para chegar; a angústia e a dor passarão
e virão dias de grande alegria”!
Novos Céus e Nova Terra:
Não haverá mais doença nem morte. O homem viverá muito e aos cem anos ainda será jovem. Será o tempo em que “o lobo e o cordeiro viverão juntos e o leopardo deitar-se-á ao lado do cabrito; o bezerro e o leão comerão juntos e até mesmo uma criança poderá tangê-los; a criança de peito vai brincar em cima do buraco da cobra venenosa...”

Então meus irmãos... será que vocês estão me acompanhando com o meu raciocínio ???
Quem cura é DEUS..somente ele, pois ele é o PAI, o filho e o espírito Santo.
O espírito santo age em sua mente, no seu cérebro, e ele envia um comando e enviando uma enzima que cura o que está enfermo, concorda ?
Como explicar pessoas que descobrem doenças e sem titubear se prostram perante DEUS de verdade entregando-te o coração, purificando-o, recebendo graças e bençãos, e alcançam o que querem: a cura. Retornando a seus médicos e nem eles souberiam explicar.
Então por isso o título...mais Fé e menos ciência, as vezes voce já sabe de algo que pesquisou ou que sentiu e tirou sua conclusão sábia mas precisa ver a ciência provando, como tomé precisou ver as feridas de Cristo para acreditar que era o filho, o cordeiro ressucitado.
DEUS quando fez o homem o fez semelhante a ele, com o mesmo poder, sim meu irmão, você tem poder de abençoar o que for bom, de criar invenções, porém, nunca queira estar acima de DEUS ou ser como ele, por isso o dever de temê-lo, de humilhar-se a ele, tudo que voce tem vem de DEUS, principalmente sua mente e seu cérebro, então você deve agradece-lo todos os dias de vida, porque sua vida é sagrada, voce dentre milhões de peixinhos (espermatozóides) DEUS disse: "Escolho você, vai desce e arrasa meu filho!".

domingo, 18 de dezembro de 2011

O pior inimigo de Cristo e do Homem

Um homem, admirável pelas qualidades de trabalho e pelas formosas virtudes do caráter, foi visto pelos inimigos da Humanidade que conhecemos por Ignorância, Calúnia, Maldade, Discórdia, Vaidade, Preguiça e Desânimo, os quais tramaram, entre si, agir contra ele, conduzindo-o à derrota.
O honrado trabalhador vivia feliz, entre familiares e companheiros, cultivando o campo e rendendo graças ao Senhor Supremo pelas alegrias que desfrutava no contentamento de ser útil.
A Ignorância começou a cogitar da perseguição, apresentando-o ao povo como mau observador das obrigações religiosas. Insulava-se no trato da terra, cheio de ambições desmedidas para enriquecer a custa do alheio suor. Não tinha fé, nem respeitava os bons costumes.
O lavrador ativo percebeu as notícias do adversário que operava, de longe, sorriu calmo e falou com sinceridade:
- A Ignorância está desculpada.
Surgiu, então a Calúnia e denunciou-o às autoridades por espião de interesses estranhos. Aquele homem vivia, quase sozinho, para melhor comunicar-se com vasta quadrilha de ladrões. O serviço policial tratou de minuciosas averiguações e, ao término do inquérito vexatório, a vítima afirmou sem ódio:
- A Calúnia estava enganada.
E trabalhou com dobrado valor moral.
Logo após, veio a Maldade, que o atacou de mais perto. Principiou a ofensiva, incendiando-lhe o campo. Destruiu-lhe milharais enormes, prejudicando-lhe a vinha, poluiu-lhe as fontes. Todavia, o operário incansável, reconstruindo para o futuro, respondeu sereno:
- Contra as sombras do mal, tenho a luz do bem.
Reconhecendo os perseguidores que haviam encontrado um espírito robusto na fé, instruíram a Discórdia que passou a assediá-lo dentro da própria casa. Provocações cercaram-no e amigos da véspera relegaram-no ao abandono.
O servo diligente, dessa vez, sofreu bastante, mas ergue os olhos para o céu e falou:
- Meu Deus e meu Senhor, estou só, no entanto, continuarei agindo e servindo Teu nome. A Discórdia será por mim esquecida.
Apareceu, então, a Vaidade que o procurou nos aposentos particulares, afirmando-lhe:
- És um grande herói... Venceste aflições e batalhas! Serás apontado à multidão na auréola dos justos e dos santos!...
O trabalhador sincero repeliu-a, imperturbável:
- Sou apenas um átomo que respira. Toda glória pertence a Deus!
Ausentando-se a Vaidade com desapontamento, entrou a Preguiça e, acariciando-lhe a fronte com mãos traiçoeiras, afiançou:
- Teus sacrifícios são excessivos... Vamos ao repouso! Já perdeste as melhores forças!...
Vigilante, contundo, o interpelado replicou sem hesitar:
- Meu dever é o de servir em benefício de todos, até ao fim da luta.
Afastando-se a Preguiça vencida, o Desânimo compareceu. Não atacou de longe, nem de perto. Não se sentou na poltrona para conversar, nem lhe cochichou aos ouvidos. Entrou no coração do operoso lavrador e, depois de instalar-se lá dentro, começou a perguntar-lhe:
- Esforçar-se para quê? servir por quê? Não vê que o mundo está repleto de colaboradores mais competentes? que razão justifica tamanha luta? quem mandou nascer neste corpo? não foi a determinação do próprio Deus? não será melhor deixar tudo por conta de Deus mesmo? que espera? Sabe, acaso, o objetivo da vida? tudo é inútil... não se lembra de que a morte destruirá tudo?
O homem forte e valoroso, que triunfara de muitos combates, começou a ouvir as interrogações do Desânimo, deitou-se e passou cem anos sem levantar-se...

Um servo de DEUS

Certo dia chegaram ao Céu um Marechal, um Filósofo, um Político e um Lavrador.
Um Emissário Divino  recebeu-os, em elevada esfera, a fim de ouvi-los.
O Marechal aproximou-se, reverente, e falou:
-          Mensageiro do Comando Supremo, venho da Terra distante.
-          Conquistei muitas medalhas de mérito, venci numerosos inimigos, recebi várias homenagens em monumentos que me honram o nome.
-          Que deseja em troca de seus grandes serviços? – indagou o Enviado.
-          Quero entrar no céu. 
  O Anjo respondeu sem vacilar:
-          Por enquanto, não pode receber a dádiva. Soldados e adversários, mulheres e crianças chamam-no insistentemente da Terra. Verifique o que alegam de sua passagem pelo mundo e volte mais tarde.
O Filósofo acercou-se do preposto divino e pediu:
-          Anjo do Criador Eterno, venho do acanhado círculo dos homens. Dei às criaturas muita matéria de pensamento. Fui laureado por academias diversas. Meu retrato figura na galeria dos dicionários terrestres.
-          Que pretende pelo que fez? – perguntou o Emissário.
-          Quero entrar no Céu.
-          Por agora, porém – respondeu o mensageiro sem titubear -, não lhe cabe a concessão. Muitas mentes estão trabalhando com as idéias que você deixou no mundo e reclamam-lhe a presença, de modo a saber separar-lhe os caprichos pessoais da inspiração sublime. Regresse ao velho posto, solucione seus problemas e torne oportunamente.  
    O Político tomou a palavra e acentuou:
-          Ministro do Todo Poderoso, fui administrador dos interesses públicos. Assinei várias leis que influenciaram meu tempo. Meu nome figura em muitos documentos oficiais.
-          Que pede em compensação? – perguntou o Emissário do Alto.
-          Quero entrar no Céu.
O Enviado, no entanto, respondeu, firme:
-          Por enquanto, não pode ser atendido. O povo mantém opiniões divergentes a seu respeito. Inúmeras pessoas pronunciam-lhe o nome com amargura e esses clamores chegam até aqui. Retorne ao seu gabinete, atenda às questões que lhe interessam a paz íntima e volte depois.
Aproximou-se então, o Lavrador e falou, humilde:
-          Mensageiro de Nosso Pai, fui cultivador da terra... plantei o milho, o arroz, a batata e o feijão. Ninguém me conhece, mas eu tive a glória de conhecer as bênçãos de Deus e recebe-las, nos raios do Sol, na chuva benfeitora, no chão abençoado, nas sementes, nas flores, nos frutos, no amor e na ternura dos meus filhinhos...
 O Anjo sorriu e disse:
-          Que prêmio deseja?
O Lavrador pediu, chorando de emoção:
-          Se nosso Pai permitir, desejaria voltar ao campo e continuar trabalhando. Tenho saudades da contemplação dos milagres de cada dia... A luz surgindo no firmamento nas horas certas, a flor desabrochando por si mesma, o pão a multiplicar-se!... Se puder, plantarei o solo novamente para ver a grandeza divina a revelar-se no grão, transformado em dadivosa espiga... Não aspiro a outra felicidade se não a de prosseguir aprendendo, semeando, louvando e servindo!... 
O Mensageiro Espiritual abraçou-o e exclamou, chorando igualmente, de júbilo:
-          Venha comigo! O Senhor deseja vê-lo e ouvi-lo, porque diante do Trono Celestial apenas comparece quem procura trabalhar e servir sem recompensa.

A decisão sábia de um Rei

Em tempos recuados, existiu um rei poderoso e bom, que se fizera notado pela sabedoria.
Convidado a verificar, solenemente, a invenção de um súdito, cuja cabeça era um prodígio na matemática, compareceu em trajes de honra à festa em que o novo aparelho seria apresentado.
O calculista, orgulhoso, mostrou a obra que havia criado pacientemente. Tratava-se de largo tabuleiro forrado de veludo negro, cercado de pequenas cavidades, sustentando regular coleção de bolas de madeira colorida. Acionadas por longos tacos de marfim, essas bolas rolavam na direção das cavidades naturais, dando ensejo a um jogo de grande interesse pela expectação que provocava.
Revestiu-se a festa de brilho indisfarçável.
Contendores variados disputaram partidas de vulto.
Dia inteiro, grande massa popular rodeou o invento, comendo e bebericando.
O próprio monarca seguiu a alegria geral, dando amostras de evidente satisfação. Serviu-se, ao almoço, junto às grandes bandejas de carne, pão e frutos, em companhia dos amigos, e aplaudia, contente, quando esse ou aquele participante do novo e inocente jogo conseguia posição invejável perante ao companheiros.
À tardinha, encerrada a curiosidade geral, o inventou aguardou o parecer do soberano, com inexcedível orgulho. Aglomerou-se o povo, igualmente a fim de ouvi-lo.
Não se cansava o público de admirar o jogo efetuado, através de cálculos divertidos.
Despendindo-se, o rei levantou-se, fez-se visto de todos e falou ao vassalo inteligente:
- Genial matemático: a autoridade de minha coroa determina que sua obra de raciocínio seja premiada com cem peças de ouro que os cofres reais levarão ao seu crédito, ainda hoje, em homenagem à sua paciência e habilidade. Essa remuneração, todavia, não lhe visa somente o valor pessoal, mas também certos benefícios que a sua máquina vem trazer a muitos homens e mulheres de meu reino, menos afeitos às virtudes construtivas que todos devemos respeitar neste mundo. Enquanto jogarem suas bolas de madeira, possivelmente muitos indivíduos, cujos instintos criminosos ainda se acham adormecidos, se desviarão do delito provável e muitos caçadores ociosos deixarão em paz os animais amigos de nossas florestas.
O monarca fez comprida pausa e a multidão prorrompeu em aplausos delirantes.
Via-se o inventou cercados de abraços, quando o soberano recomeçou:
- Devo acrescentar, porém, que a sabedoria de meu cetro ordena que o senhor seja punido com cinqüenta dias de prisão forçada, a fim de que aprenda a utilizar sua capacidade intelectual em benefício de todos. A inteligência humana é uma luz cuja claridade deve ser consagrada à cooperação com o Supremo Senhor, na Terra. Sua invenção não melhora o campo, nem cria trabalho sério; não ajuda as sementes, nem ampara os animais; não protege fontes, nem conserva estradas; não colabora com a educação, nem serve aos ideais do bem. Além disto, arrasta centenas de pessoas, qual se verificou neste dia, conosco, a perderem valioso tempo na expectativa inútil. Volte aos seus abençoados afazeres mentais, mesmo no cárcere, e dedique inteligência à criação de serviço e utilidades em proveito de todos, porque, se o meu poder o recompensa, a minha experiência o corrige.
Quando o rei concluiu e desceu da tribuna, o inventor se fizera muito pálido, o povo não bateu palmas; entretanto, toda gente aprendeu, na decisão sábia do grande soberano, que ninguém deve menosprezar os tesouros da inteligência e do tempo sobre a Terra.